segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Conjugador de verbos para a língua portuguesa.
Simplesmente F A N T Á S T I C O !!! principalmente para os
professores, alunos, e aqueles que escrevem muito, como os advogados.
Vale a pena repassar para aqueles que vocês conhecem e podem fazer uso.
CONJUGADOR DE VERBOS
VOCÊ, COM DOIS TOQUES, PODE CONJUGAR 280.000 VERBOS
CLIQUE NO SITE ABAIXO:
http://linguistica.insite.com.br/cgi-bin/conjugue
terça-feira, 5 de julho de 2011
JURAR DE PÉS JUNTOS:
Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado para dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado para expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.
MOTORISTA BARBEIRO:
Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira..
TIRAR O CAVALO DA CHUVA:
Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.
À BEÇA:
O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.
DAR COM OS BURROS N'ÁGUA:
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado para se referir a alguém que faz um grande esforço para conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.
GUARDAR A SETE CHAVES:
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" para designar algo muito bem guardado..
OK:
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida para significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".
ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS:
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada para designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.
PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA:
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.
PARA INGLÊS VER:
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "para inglês ver". Daí surgiu o termo.
RASGAR SEDA:
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão para cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".
O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER:
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para história como o cego que não quis ver.
ANDA À TOA:
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar.
QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO:
Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.
DA PÁ VIRADA:
A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada para baixo, voltada para o solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.
NHENHENHÉM:
Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".
VAI TOMAR BANHO:
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore para limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".
ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM:
Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português... O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.
A DAR COM O PAU :
O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, para isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sapa e angu para o estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.
ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ Q FURA:
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: “A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase para que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros.
www.sergrasan.com
segunda-feira, 27 de junho de 2011
RIO - Você já deve estar até cansado de ouvir dos seus professores: no ano do vestibular, é preciso acompanhar o noticiário, seja em jornais, revistas, televisão ou internet. E eles estão certos. Segundo a professora de língua portuguesa do Liceu Franco-Brasileiro Teresa Cruz, o Enem é uma prova que exige do aluno bastante interpretação de textos, gráficos, tabelas e charges. Logo, quanto mais o estudante estiver por dentro do que está rolando no Brasil e no mundo, mais facilidade terá para identificar o que está sendo pedido em cada questão. Conversamos com professores e fizemos uma lista dos temas mais quentes do momento. Agora, é meter a cara e estudar!
CHUVAS NA SERRA: - As chuvas que castigaram a região serrana do Rio no verão podem aparecer no Enem. Segundo o professor de geografia Maurício Novaes, do CEL, a prova privilegia temas ligados à urbanização e ao meio ambiente. O impacto da ocupação desordenada de encostas e a erosão do solo estão ligados à tragédia.
COPA E OLIMPÍADAS: - Ninguém fala de outra coisa: qual será o legado da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016? O tema pode estar presente em diversas disciplinas. Na matemática, de acordo com o coordenador do pH Luís Felipe Abad, cálculos de geometria plana, como a área de um estádio, ou volume, para saber a quantidade de cimento a ser usada em uma obra, podem ser exigidos. Para Novaes, na geografia é possível tratar de investimentos em infraestrutura nas cidades-sede da Copa, crescimento do turismo e necessidade de qualificação de mão de obra para os eventos.
ACIDENTE NUCLEAR: - O terremoto no Japão e a consequente tragédia na usina de Fukushima comoveram o mundo e têm chance de cair no exame. Na parte de Ciências Naturais e suas Tecnologias, a abordagem deve envolver o que provocou o acidente e as medidas tomadas para minimizar a tragédia, assim como os efeitos da radiação e a contaminação da água e do solo. Até mesmo em história o assunto pode estar presente, principalmente relacionado à Segunda Guerra Mundial, durante a qual os Estados Unidos jogaram duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, e ao poder de recuperação japonês após os ataques.
MEIO AMBIENTE: - No ano que vem será realizada no Rio de Janeiro a conferência sobre o clima Rio 20. Nela, serão discutidas novas metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa, entre outras medidas. Além disso, o Código Florestal, aprovado na Câmara dos Deputados e em discussão no Senado, provoca polêmica com suas propostas de mudança na legislação para crimes ambientais, exploração em áreas de preservação permanente, entre outras. Os dois temas podem ser abordados nos âmbitos da química, da biologia e da geografia. Questões sobre energias limpas, combustíveis renováveis, créditos de carbono e também os ciclos da natureza podem aparecer.
MUNDO ÁRABE: - Este ano, o mundo viu explodirem diversas revoltas nos países árabes, no norte da África e no Oriente Médio. O professor de história Ulisses Martins, do Colégio Notre Dame Recreio, diz que esses eventos podem ser ponto de partida para a cobrança de conteúdos relacionados ao imperialismo, influência americana na região, regimes totalitários e até mesmo disputas ligadas à religião. O assassinato do líder da al-Qaeda Osama Bin Laden pelos EUA pode trazer também perguntas sobre terrorismo e as guerras do Iraque e do Afeganistão.
VULCÃO CHILENO: - Um vulcão no Chile provocou a maior confusão na América do Sul, com reflexos até na Austrália e na Nova Zelândia. Na química, questões relacionadas à composição do magma, os gases emitidos e os impactos disso no solo e nos sistemas hídricos podem cair. O vulcão também pode ser o gancho para falar de fenômenos naturais também na parte de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
DITADURA MILITAR: - A eleição da presidente Dilma Rousseff, uma ex-militante de esquerda que viveu na clandestinidade e foi presa durante a ditadura militar, gerou grande expectativa, principalmente em relação à abertura de arquivos do período. Somado a isso, há grande mobilização pela aprovação do fim do sigilo secreto de documentos do governo e a criação de uma comissão da verdade para investigar os crimes ocorridos naquela época. Ou seja, assunto quente e atual.
ANO DA QUÍMICA: - Em 2011 são comemorados o Ano Internacional da Química, os 100 anos de Marie Curie, pioneira nas pesquisas sobre radioatividade, e também os 100 anos do modelo atômico de Rutherford. Olho vivo nesses temas.
CENSO 2010: - O Enem adora um gráfico e uma tabela. Com os dados do último censo divulgados no início do ano, é bem provável que haja questões ligadas à população, com uso desses recursos.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Sobre a Vírgula
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI
(Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...
Quando falamos, temos a nossa disposição recursos extralinguísticos que nos ajudam a expressar adequadamente o que queremos comunicar. Esses recursos são gestos, sons, expressões faciais, entonação da voz, pausas, enfim, todos os elementos que constituem uma situação de comunicação. Ao escrever, tentamos reproduzir aquilo que queremos comunicar por meio de um código composto por um alfabeto, que nos oferece os elementos para formamos as frases, orações e períodos, e pelos sinais de pontuação, que nos ajudam a tornar o texto mais claro para o leitor, levando-o a entender o que queremos transmitir.
Entre os vários sinais de pontuação de que dispomos em nosso sistema de escrita, o que provoca maior confusão é a vírgula. É comum termos uma ideia equivocada do uso da vírgula. Ao contrário do que se pensa normalmente, a vírgula está relacionada à estrutura sintática do que às famosas “pausas” na fala.
Emprega-se vírgula
Quando uma expressão, frase ou palavra “quebrar” uma sequência sintática.
Eu observo as coisas com dois olhos que, embora castanhos e mesmo tirantes verdes, veem este mundo com bastante clareza.
Para separar termos da mesma função sintática (sujeito composto, complementos, adjuntos) se eles não vierem ligados por e, nem, ou.
Toda a tristeza, toda a mediocridade, toda a feiura duma vida estreita onde o mau gosto atroz e pretensioso da classe média se juntava à minuciosa ganância comercial. / Estavam lutando apenas contra as baratas, as horríveis baratas do velho sobradão.
Para separar aposto explicativo.
Rubem Vargas, grande cronista brasileiro, foi embaixador no Marrocos.
Assim, não separamos por vírgula sujeito e predicado e o verbo e seus complementos (objeto direto, objeto indireto), por exemplo. Por outro lado, separamos expressões que representam uma “quebra” sintática, alterando a ordem direta [sujeito – verbo – objeto (s)]. Algumas vezes a vírgula é opcional. Como decidir então se usamos ou não? A clareza é o fato que mais conta nesses casos. É preciso verificar se o texto está claro, se não há ambiguidades e se transmite ao leitor a mensagem pretendida.
Veja alguns exemplos que podem ajudá-lo (a) a escrever melhor e com mais clareza.
Não se separam por vírgula
Sujeito e predicado
Então um grande carro conversível se deteve um instante perto de dois.
Verbo e seus complementos
Ele teve um ímpeto.
/ Ele entregou as chaves à mulher.
Emprega-se vírgula (continuação)
Para ser vocativo.
Moço, pare o ônibus!
Para separar expressões explicativas (por exemplo, sem dúvida, com certeza, ou melhor, isto é, aliás, ou seja etc.).
As mulheres, ou melhor, algumas delas têm medo de baratas.
Para separar as conjunções coordenativas mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia, logo, portanto, por conseguinte, então, quando elas vierem intercaladas.
Esperavam há muito tempo; o bonde, contudo, não chegava.
Para separar orações com sujeitos distintos ligadas pela conjunção e.
Ela tinha dor de cabeça, e ele sentia dor de dente.
Se a conjunção e tiver valor adversativo, embora o sujeito seja o mesmo, a vírgula antes da conjunção é necessária.
O casal discute, e continua unido.
Para separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas, exceto as introduzidas pela conjunção e.
Enlaçou-a pela cintura, depois ficou segurando seu ombro com um gesto de ternura protetora, disse-lhe vagas meiguices, ela apenas ficou quieta. / Veio um bonde, mas estava tão cheio...
Orações subordinadas adjetivas – As explicativas são sempre separadas por vírgula; as restritivas nunca são separadas por vírgula.
O texto foi escrito por Rubem Braga, que é um dos maiores cronistas brasileiros. Rubem Braga conseguia enxergar detalhes do cotidiano que muitas vezes passam despercebidos.
Orações Subordinadas substantivas – Com exceção das orações subordinadas apositivas, elas não podem ser separadas por vírgula.
Só queria uma coisa, ler a crônica sossegada.
Orações subordinadas adverbiais – São separadas por vírgulas quando estiverem antepostas ou intercaladas à oração principal. (Observação – 1. Se estiverem depois da oração principal, a vírgula é opcional; 2. Se forem reduzidas, a vírgula é obrigatória.)
Sempre que necessário, Braga emite juízos ponderados sobre fatos políticos, econômicos, sociais. / Braga, sempre que necessário, emite juízos ponderados sobre fatos políticos, econômicos, sociais.
Para separar predicativo do sujeito deslocado, quando o verbo não for de ligação.
Esperavam, desanimados, o bonde.
Para indicar a elipse de um verbo, isto é, a omissão de um verbo já citado antes.
O marido detestava as pulgas; a mulher, as baratas.
A vírgula é opcional
Para separar os adjuntos adverbiais muito extensos ou para destacá-los.
Quem via essas coisas, sem a névoa passional que perturbava tanta gente, era um mocinho de 19 anos. / Quem via essas sem a névoa passional que perturbava tanta gente era um mocinho de 19 anos.
A vírgula é optativa se o adjunto adverbial não for oracional, ainda que esteja deslocado. Porém, se a preposição do adjunto adverbial vier do termo anterior a ele, não se usa vírgula (Ex.: Chegaram à pensão).
Fazia no jornal Estado de Minas uma coluna de leitura obrigatória. / Fazia, no jornal Estado de Minas, uma coluna de leitura obrigatória. / No jornal Estado de Minas, fazia uma coluna de leitura obrigatória.
A vírgula é obrigatória se o adjunto adverbial for oracional, quando estiver deslocado. Se não estiver deslocado, a vírgula é optativa e servirá apenas para dar destaque ao adjunto adverbial.
Se o bonde chegasse, a dor melhoraria.
A dor melhoraria se o bonde chegasse. /
A dor melhoraria, se o bonde chegasse.
Fonte:
Apostila COC. Editora COC. Ribeirão Preto, 2010.
GRANATIC, Branca. Técnicas Básicas de Redação. Nova Edição.
Editora Scipione. São Paulo. 1995.
HOUAISS, Antônio e Villar, Mauro de Salles. Minidicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 3°. ed. Rio de Janeiro. Objetiva, 2009.
A Batalha dos Métodos
Numa rua de subúrbio, uma criança estava sentada à porta de casa, olhando um livro ilustrado. Bem perto, havia uma escola e ali passavam muitas jovens que estavam se preparando para ser professoras.
Uma delas parou para ver a criança e disse:
— Que gracinha de menina!
— Me conta a história, disse a garota.
— Não, primeiro você tem de aprender a ler. Quer que eu te ensine? Olhando o título, a jovem apontou: a, o, e, u, i, o. Não, assim, não. Melhor assim: a, e, i, o, u.
A criança olhou desconsolada e pediu novamente para ouvir a história. A futura professora não desistiu.
— Veja, é fácil: a com i faz ai! Como você fala quando sente uma dor. E e com u faz eu! E apontava para o próprio peito, dizendo: eu, ai! eu, ai!
A criança, um pouco assustada, desviou o olhar e abriu o livro. A normalista aborreceu-se e foi para a aula de Métodos e Técnicas de Alfabetização contar para a professora que tinha encontrado uma pobre criança que era um caso típico de falta de prontidão para a leitura.
Logo depois passou outra jovem que se enterneceu com a cena da menina com o livro nas mãos.
— O que é que você está lendo?
— Não sei ler. Me conta a história?
— Vou ensinar a você. Como é seu nome?
— Betinha.
— Não, isso é seu apelido. Como é seu nome?
A menina pensou um pouco e olhou desolada para o livro:
— Me conta a história.
— Só se você me disser seu nome.
— Elisabete Maria de Oliveira.
— Ah, bom. Então vamos ver.
Puxando um caderninho da bolsa, a moça escreveu Elisabete e pediu à criança:
— Aqui está o seu nome: ELISABETE. Vamos ler apontando com o dedinho.
Apontando as nove letras, a menina leu: E-li-sa-be-te- ma-ri-a- de- o-li-vei-ra.
A jovem ficou embatucada e anotou a resposta para ir perguntar à professora de Psicogênese da Língua Escrita como interpretá-la.
— Tchau, querida! Outro dia eu te ensino, OK?
Não demorou muito, passou outra jovem de boa vontade e a criança lhe pediu:
— Me conta a história!
— Que gracinha! Eu conto se você me responder umas perguntas.
A criança olhou ressabiada.
— Você já sabe as letras do alfabeto?, disse a moça.
— Não.
— Você conhece as famílias silábicas?
— Quê?
— Deixa pra lá. Diga-me uma palavra que começa com pa. Por exemplo, pato, papai, palácio.
— Rei, princesa.
— Quê?
— Palácio, rei, princesa.
A futura professora suspirou. Saiu dali muito triste, achando que a menina era muito bonitinha, mas não tinha discriminação auditiva.
Daí a meia hora, passou um professor de Gramática, cansado e meio calvo, andando devagar. A menina resolveu tentar a sorte.
— Me conta a história!
— Não é assim. Fale de novo: conta-me a história.
— Hum?
— Conta-me a história, eu disse, respondeu o gramático.
— Mas eu não sei ler.
— Não, não é você que deve contá-la. Aliás, minha pobre criança, você não sabe nem falar.
A menina fechou o livro com força e fez uma careta de nojo para o gramático. Ele respondeu:
— Atrevida! Analfabeta! Iletrada! Anômala! Anojosa! Anacoluto! e retirou-se, muito satisfeito de possuir um vasto vocabulário para qualificar a pirralha.
Passou um tempinho, veio pela calçada uma professora de Sociolingüística, com seu gravador a tiracolo, e a menina resolveu tentar a sorte:
— Tia, me conta a história!
— Fala de novo, meu bem, disse a professora, e ligou o gravador. A menina era um exemplo magnífico de falante das classes populares do subúrbio do Rio, de modo que a pesquisadora não podia perder a oportunidade de entrevistá-la.
— Que que é isso?, perguntou a criança.
— Um gravador. Vou gravar o que você falar. Vamos conversar. Quantos anos você tem?
— Me conta a história.
— Depois eu conto. Converse um pouquinho comigo.
— Quero a história.
— Você me conta uma história. Eu gravo, depois passo tudo para o papel, pego a sua história e aí...
Mas a professora não pôde concluir: a menina já estava longe, pulando num pé só, fora do alcance da pesquisadora.
Logo na esquina, a menina encontrou o vendedor de cocadas que fazia ponto perto da escola normal. Pouco movimento, tarde parada. O vendedor olhou pra menina com o livro e perguntou:
— Já leu esse livro?
— Não, lê pra mim?, disse a menina, sem muita esperança de ser atendida.
— Hum, deixa eu ver.
O rapaz abriu o livro. Foi lendo devagar, como era possível, pois tinha aprendido a ler mal e mal, há muito tempo:
— Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho. Um dia, a mãe dela cha-cha-mou-a e disse...
A menina deu um suspiro de prazer e sentou no muro da escola para ouvir a história. Lá dentro, alguém dava uma aula sobre Métodos de Alfabetização.
Marlene Carvalho, professora Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro
] 10 dicas para ensinar seus filhos a (gostarem de) ler
Aqui estão algumas sugestões sobre como você pode ajudar a tornar a leitura uma experiência positiva, desde cedo.
1. Escolha uma hora bem calma
Com as crianças, nós sabemos que há “horas calmas” e “horas agitadas”. Procure um lugar e uma hora calmos e sente-se com um livro. Dez a quinze minutos por dia é suficiente.
2. Faça da leitura um prazer
A leitura precisa ser algo prazeroso. Sente com seu filho. Tente não fazer pressão se ele ou ela estiverem indispostos. Se a criança perder interesse, faça algo diferente.
3. Mantenha o fluxo
Se ele pronunciar uma palavra errada, não interrompa imediatamente. Ao invés disso, dê a oportunidade para autocorreção. É melhor ensinar algumas palavras desconhecidas para manter o fluxo e o entendimento da frase do que insistir em fazê-lo pronunciar o som exato das letras.
4. Seja positivo
Se a criança diz algo quase certo no início de uma frase, tudo bem. Não diga “Não, está errado”, mas sim “Vamos ler isso aqui juntos” e dê ênfase às palavras quando pronunciá-las. Aumente a confiança da criança com dizeres positivos a cada pequena melhoria que ela conseguir. “– Muito bom! Você aprende rápido!” “– Certo! Você é muito inteligente” etc.
5. Sucesso é a chave
Pais ansiosos para que seus filhos progridam podem, erroneamente, dar livros muito difíceis. Isso pode causar o efeito oposto ao que eles estão esperando. Lembre-se “Nada faz tanto sucesso quanto o sucesso”. Até que seu filho tenha adquirido mais confiança, é melhor continuar com livros fáceis. Pressioná-lo com um livro com muitas palavras desconhecidas não vai ajudar, muito pelo contrário. Não haverá fluxo, o texto não vai ser entendido e provavelmente a criança vai se tornar relutante com a leitura. Então dê prioridade a livros de acordo com a faixa etária de seu filho.
6. Visite a Biblioteca
Encorage seu filho a retirar livros na biblioteca pública. Leve-o até lá e mostre, com calma, tudo que ele precisa.
7. Pratique regularmente
Tente ler com seu filho todos os dias da semana. Pouco, mas frequentemente é a melhor estratégia. Os professores da escola têm um tempo limitado para ajudar individualmente a leitura dos alunos.
8. Converse com o pimpolho
Provalvemente seu filho tem um dia de leitura na escola (Se não tem, vá lá e faça com que tenha, ora). Sempre converse com ele e faça comentários positivos. Assim a criança vê que você está interessado em seu progresso e que você valoriza a leitura.
9. Fale sobre os livros
Ser um bom leitor é muito mais do que simplesmente ler palavras corretamente. O mais importante é entender e refletir sobre o que está lendo. Sempre fale com seu filho sobre o livro, sobre as figuras, sobre as personagens, como ele acha que vai ser o final da história, sua parte favorita etc. Assim você vai ver como está o entendimento dele e poderá ajudá-lo a desenvolver uma boa interpretação.
10. Varie sempre
Lembre que as crianças precisam experimentar vários materiais de leitura. Por exemplo, livros só de figuras, quadrinhos, revistas, poemas e até os jornais (mostre a ele a parte com palavras cruzadas e, claro, as tirinhas e charges).
E você? Que métodos tem usado para estimular seus filhos (ou alunos, porque não?) a gostarem de ler?
http://www.lendo.org/dicas-para-incentivar-a-leitura-nas-criancas/
terça-feira, 10 de maio de 2011
Anunciava-se como “O Grande Manuel”. Era português, alto, parecido com o John Carradine, sotaque pesado, um refulgente turbante na cabeça.
Vinha cedo, aí pelo meio-dia, com grandes caixotes e malas, trancava-se no salão de festas. O forte dele era o número de bandeiras, bandeiras de todos os clubes e nações, bandeiras de entidades e coisas inexistentes que iam saindo de sua formidável piteira que fumegava em seus dentes.
Como, por que e onde o Grande Manuel começou a fazer mágicas são coisas da vida, de maneira geral, e dos mágicos, de maneira especial. Veio de da terra para tentar a cultura das batatas no Piauí, mas achou negócio pesado e preferiu a cultura das ilusões: plantava um relógio no vaso, do vaso nascia o ovo, do ovo nascia a pomba. Plantar batatas talvez fosse menos trabalhoso mas as mágicas davam-lhe glória. Não era Manuel qualquer. Era o grande Manuel.
Mas até os grandes Manuéis vivem de coisas pequenas. A dele chamava-se “O Pequeno Manuel dos Mágicos”. Uma tarde, ele esqueceu o manual numa cadeira, nós pegamos o livrinho, descobrimos os truques todos. À noite, quando o Grande Manuel dizia: __”Olhem aqui este guarda-chuva!”, nós berrávamos: __ Não é guarda-chuva, é uma espingarda!.
Nunca mais o Grande Manuel foi contratado para deslumbrar nossos dias de festa. Deveria andar por ai, vendendo suas mágicas pelos mesmos cafundós do mundo. Ontem, ao abrir a porta lá de casa, vi o homem. O mesmo jeito de John Carradine, mais velho, o mesmo sotaque. Só não era o Grande Manuel. Era o Manuel dos Santos, técnico da loja que me vendeu um aspirador de pó. Não me reconheceu, eu era um menino no meio de duzentos meninos.
Examinou o aspirador de pó, abriu a maleta das ferramentas. Vi um livro velho, amarelado, não, não era o pequeno manual e sim a agenda dos clientes que precisava visitar. Mesmo assim, temi que ele repetisse o Grande Manuel e transformasse meu aspirador em liquidificador. Temi em vão. Numa época em que somos todos um pouco de mágicos, ele pendurou para sempre suas mandigas, rasgou seu pequeno manual. Ninguém mais acreditas em mágicos, em camlôs do maravilhoso. Temos nossos próprios mágicos que fazem de graça estapafúrdicas por aí.
Perguntei quanto era. Não me cobrou nada, a peça estava na garantia. Dei-lhe mil reais de gorjeta e ele achou muito. E nunca entenderá por que lhe dei tão generosa gorjeta pela troca do parafuso. A ele, que trocava flores em pássaros, perseguindo a gorjeta do aplauso e a glória que brotava de seus dedos encantados.
Carlos Heitor Cony. Crônica. Folha de S. Paulo
sexta-feira, 6 de maio de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Caça palavras on line - Ortografia
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Você sabe o que é Palíndromo e Tautologia?
|
Recebido do grupo Andreia Dedeana
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Links para baixar livros
http://www.livrosgratis.com.br/
http://www.eadvirtual.com.br/moodle/mod/resource/view.php?id=572
http://www.lendo.org/baixar-livros-gratis-download/
http://livroseafins.com/download-baixar-livros-gratis/
http://www.dominiopublico.gov.br/
http://www.cantinhodaculturaedolazer.net/
http://www.benderblog.com/livros-para-baixar-de-graca/
http://www.ebookcult.com.br/
http://www.detudo.org/livros-gratis/livros-baixar-download-gratis/
http://www.lendo.org/40-sites-para-baixar-livros-de-graca/
terça-feira, 22 de março de 2011
Um Apólogo
Machado de Assis
Um Apólogo
Machado de Assis
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...
A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:
— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.
http://www.releituras.com/machadodeassis_apologo.asp
quarta-feira, 2 de março de 2011
Webquest
WebQuest (do inglês, demanda da Web) é uma metodologia de pesquisa orientada da Web, em que quase todos os recursos utilizados são provenientes da mesma. Foi proposta pelo Professor Bernie Dodge, da Universidade de São Diego, em 1995, com a participação do seu colaborador, ao tempo, Tom March[1] .
Para desenvolver uma WebQuest é necessário criar um site que pode ser construído com um editor de HTML, serviço de blog ou até mesmo com um editor de texto que possa ser salvo como página da Web.
Uma WebQuest tem a seguinte estrutura:
- Introdução
- Tarefa
- Processo
- Recursos
- Avaliação
- Conclusão
Dado tratar-se de um trabalho essencialmente educativo é frequente acrescentar ainda sugestões e orientações para o professor.
http://pt.wikipedia.org/wiki/WebQuest
Atividades variadas de Língua Portuguesa no link
http://www.webquestbrasil.org/criador/procesa_index_busqueda.php
A lenda do espinheiro
A lenda do espinheiro, talvez já conhecida, nos relata a história de uma menina que amava um espinheiro que havia em seu jardim. Ano após ano, ele ficava carregado de florezinhas, até que, em certa primavera, deu a impressão de que não iria brotar nem florescer.
Quando a criança, decepcionada e triste, estava pensando no espinheiro, veio-lhe à mente uma ideia salvadora: “Vou abraçar firmemente o espinheiro e demonstrar-lhe o meu grande amor; talvez ainda floresça”.
Na manhã seguinte, correu ao jardim e, com seus tenros bracinhos, abraçou o arbusto espinhoso, querendo transmitir-lhe o seu amor, e, beijando-lhes as pontas murchas, dizia: “Querido espinheiro, eu te amo tanto; por favor, floresça de novo!”. Seus bracinhos ficaram feridos e machucados pelos espinhos, mas seu coração — feliz pela expectativa — o amou, aguardando as belas florezinhas vermelhas.
Que surpresa! Certa manhã, a menina veio ao encontro da mãe, jubilosa, exclamando: “Mãe, o espinheiro está florescendo!Amei-o e valeu a pena!”.
De fato, o espinheiro florescia, enchendo a menina de alegria.
Imagino que o estimado leitor esteja dizendo: “Belo demais para ser verdade!”. Mas, sendo uma lenda, será que compreendemos o seu ensinamento?
Não abandonem o seu “espinheiro”! O amor não perde a esperança, não desanima, mesmo quando, aparentemente, não há mais nada a esperar. O amor continua amando, mesmo sendo ferido. Amor que não suporta ser ofendido e ferido não é amor. Amar, mesmo sofrendo e suportando tudo, é o conselho bíblico.
Creia, o seu espinheiro está só com espinhos porque lhe falta o verdadeiro amor. Ame-o de todo o coração, e ele florescerá! Só o amor poderá endireitar a sua situação e o nosso mundo presente!
“[...] Falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria” (Jó 32:7).
Fonte: www.ibamemc.com/alendadoespinheiro.doc
http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1539
Atividades
1- Transformar os discursos diretos em discursos indiretos:
2- No primeiro parágrafo :
a- Indique os substantivos:
b- Explique a formação do diminutivo plural florezinhas:
3- No segundo parágrafo :
a- Quais os substantivos correspondentes (mesmo radical)das palavras:
- decepcionada
- triste
- salvadora
- firmemente
- demonstrar
- grande
4 - No terceiro parágrafo:
a- Indique os substantivos abstratos:
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
História da língua no Brasil
Com o fluxo de escravos trazidos da África, a língua falada na colônia recebeu novas contribuições. A influência africana no português do Brasil, que em alguns casos chegou também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afrobrasileiras), e do quimbundo angolano (palavras como caçula, moleque e samba).
Um novo afastamento entre o português brasileiro e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a família real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades.
Após a independência (1822), o português falado no Brasil sofreu influências de imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas modalidades de pronúncia e algumas mudanças superficiais de léxico que existem entre as regiões do Brasil, que variam de acordo com o fluxo migratório que cada uma recebeu.
No século XX, a distância entre as variantes portuguesa e brasileira do português aumentou em razão dos avanços tecnológicos do período: não existindo um procedimento unificado para a incorporação de novos termos à língua, certas palavras passaram a ter formas diferentes nos dois países (comboio e trem, autocarro e ônibus, pedágio e portagem). Além disso, o individualismo e nacionalismo que caracterizam o movimento romântico do início do século intensificaram o projeto de criação de uma literatura nacional expressa na variedade brasileira da língua portuguesa, argumento retomado pelos modernistas que defendiam, em 1922, a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar as peculiaridades do falar brasileiro. A abertura conquistada pelos modernistas consagrou literariamente a norma brasileira.
Retirado do site http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.3.a.php
O que estudar para a prova de Português do ENEM?
* Classes de Palavras
* A Relação Determinante/Determinado
Estudo do Nome
* O Substantivo
* O Adjetivo
* O Advérbio
Concordância Nominal
* Concordância do Adjetivo com mais de um Substantivo
* Concordância de dois ou mais Adjetivos com um Substantivo
O Pronome
* Classificação
* Pronomes Pessoais
* Pronomes Possessivos
* Pronomes Demonstrativos
* Pronomes Relativos
* Pronomes Indefinidos
O Verbo
* Os Modos e Tempos Verbais
* Vozes Verbais
* Os Verbos Impessoais
* Predicação Verbal
o Classificação dos Verbos quanto à Predicação Verbal
* Regência
o Regência Verbal
o Regência Nominal
* Concordância Verbal
o Casos Especiais de Concordância Verbal
o Silepse ou Concordância Ideológica
Sintaxe
* Estudo do Período Simples
o O Sujeito e o Predicado
o Termos da Oração
+ Relacionados ao Verbo
+ Relacionados ao Nome
* Estudo do Período Composto
o Orações Subordinadas
+ Orações Subordinadas Substantivas
+ Orações Subordinadas Adjetivas
+ Orações Subordinadas Adverbiais
o Orações Coordenadas
Do blog http://resultadoenem.net/portugues-para-o-enem-materias-para-estudar/
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Textos Narrativos
Sites onde você pode ver algumas fábulas
- http://www.contandohistoria.com/fabulas.htm
- http://sitededicas.uol.com.br/cfab.htm
- http://www.metaforas.com.br/infantis/default.asp
- http://www.fabulasecontos.com.br/?pg=conteudo-menus&tipo=1
- http://criancas.uol.com.br/historias/fabulas/
- http://www.qdivertido.com.br/contos.php
Um exemplo
A menina do leite
A menina não cabia em si de felicidade. Pela primeira vez iria à cidade vender o leite de sua vaquinha. Trajando o seu melhor vestido, ela partiu pela estrada com a lata de leite na cabeça.
Enquanto caminhava, o leite chacoalhava dentro da lata.
E os pensamentos faziam o mesmo dentro da sua cabeça.
"Vou vender o leite e comprar uma dúzia de ovos."
"Depois, choco os ovos e ganho uma dúzia de pintinhos."
"Quando os pintinhos crescerem, terei bonitos galos e galinhas."
"Vendo os galos e crio as frangas, que são ótimas botadeiras de ovos."
"Choco os ovos e terei mais galos e galinhas."
"Vendo tudo e compro uma cabrita e algumas porcas."
"Se cada porca me der três leitõezinhos, vendo dois, fico com um e ..."
A menina estava tão distraída que tropeçou numa pedra, perdeu o equilíbrio e levou um tombo.
Lá se foi o leite branquinho pelo chão.
E os ovos, os pintinhos, os galos, as galinhas, os cabritos, as porcas e os leitõezinhos pelos ares.
Não se deve contar com uma coisa antes de consegui-la.
Do livro: Fábulas de Esopo - Scipione
http://www.metaforas.com.br/infantis/a_menina_do_leite.htm
História em quadrinhos
O desenho em quadrinhos é uma forma de arte que conjuga texto e imagens com o intuito de narrar histórias dos mais diversos gêneros e estilos. São publicadas em sua maioria no formato de revistas, livros ou em tiras de jornais e revistas.
A publicação de histórias em quadrinhos no Brasil começou no início do século XX. O estilo comics dos super-heróis americanos que predomina no país, tem perdido espaço para uma expansão muito rápida dos quadrinhos japoneses. Os dois estilos têm sido empregados pelos artistas brasileiros.
A tira é o único formato que desenvolveu um conjunto de características profundamente nacionais. Apesar de não ser oriunda do Brasil, no país ela desenvolveu características peculiares. Recebeu influências da ditadura durante os anos 60 e posteriormente de grandes nomes dos quadrinhos underground.
Em 1960, teve início a publicação da revista "O pererê", com texto e ilustrações de Ziraldo. Nessa mesma década, o cartunista Henfil iniciou a tradição do formato “tira”. Foi nesse formato de tira que estrearam os personagens de Maurício de Sousa, criador da turma da Mônica. Suas histórias passaram a ser publicadas em revistas, primeiramente pela revista Abril, em 1987 pela Editora Globo e a partir de 2007 pela Editora Panini.
Durante a década de 60, o golpe militar e seu moralismo confrontaram com os quadrinhos. Por outro lado, inspirou publicações cheias de charges, como, por exemplo, O Pasquim.
A História em Quadrinhos no Brasil ganhou impulso na década de 90, com a realização da primeira e segunda Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro, em 1991 e 1993, e a terceira em Belo Horizonte, em 1997.
Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola
http://www.brasilescola.com/artes/desenho-quadrinhos.htm
Você pode encontrar algumas HQ nesses links.
- http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm
- Como fazer HQ http://www.divertudo.com.br/quadrinhos/quadrinhos-txt.html
- Link - sites HQ http://www.sobresites.com/quadrinhos/portais.htm
http://artepravoce.arteblog.com.br/268558/Historia-em-quadrinhos-curiosidades/
http://natymarques2010.blogspot.com/2010/11/hq-historia-em-quadrinhos-historia-em.html
Bem-vidos ao nosso blog!
Vamos dar asas a imaginação...